segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Sem Saber


Eu ainda os vejo correndo

Colhendo o último fruto da árvore

Dando o último mergulho no rio


Eu ainda os vejo andando

Pelos corredores dessa casa

Que um dia foi só deles


Eu ainda os vejo por aí

Rindo, cantando e gritando

Com suas bolinhas de gude


Eu ainda os sinto aqui

Como se fossem encarnados no chão

Como uma vela na escuridão


Mas eles já não me sentem

Nem me procuram

E nem se lembram


Mas eu fico aqui

No meu canto empoerado e desesperado

Esquecido e quieto


E sempre ficarei
Aqui no canto
Ora sorridente ora em pranto
---

marco

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