Eu ainda os vejo correndo
Colhendo o último fruto da árvore
Dando o último mergulho no rio
Eu ainda os vejo andando
Pelos corredores dessa casa
Que um dia foi só deles
Eu ainda os vejo por aí
Rindo, cantando e gritando
Com suas bolinhas de gude
Eu ainda os sinto aqui
Como se fossem encarnados no chão
Como uma vela na escuridão
Mas eles já não me sentem
Nem me procuram
E nem se lembram
Mas eu fico aqui
No meu canto empoerado e desesperado
Esquecido e quieto
E sempre ficarei
Aqui no canto
Ora sorridente ora em pranto
---
marco
Nenhum comentário:
Postar um comentário